sexta-feira, 31 de maio de 2013

Raízes quadradas exatas


Raiz não exata, como achar?

Para acharmos uma raiz não exata basta que Seja X o número do qual queremos saber a raiz quadrada x:

x = raiz (X)

Chute um valor qualquer para a raiz de X. Qualquer valor serve, mas quanto mais perto da raiz melhor.

Por exemplo, eu chutei um número x0.

Agora calcule o número x1 usando a fórmula aqui embaixo:

x1 = (x0 + X/x0)/2

Pegue esse número x1 e calcule o número x2 usando a fórmula:

x2 = (x1 + X/x1)/2.

E então calcule x3, x4, x5, ... até xn. xn é uma aproximação para a raiz quadrada x que estávamos procurando. Quanto maior n melhor é a aproximação.

Vamos aplicar o método.

Eu escolhi X = 2. Eu chutei que x0 = 1 deve ser perto da raiz quadrada de X.

Então, usando as fórmulas ai em cima:

x1 = (1 + 2/1)/2 = 1,5
x2 = (1,5 + 2/1,5)/2 = 1,4166666666667
x3 = 1.41421568627

O valor que minha calculadora dá para a raiz quadrada de X é

x = 1.414213562373

Como a gente pode ver, o método funciona bem.

Janela da Multiplicação


Outro método "algoritmo" para multiplicação chama-se Janela da Multiplicação. Ela funciona da seguinte forma.

Façamos a multiplicação de 35 por 27. A imagem abaixo exemplifica como podemos organizar os números num quadro apropriadamente e realizar as multiplicações.



Assim, o número 35 foi disposto no quadro na parte superior. O número 27 foi colocado de baixo para cima. Cada algarismo de uma linha multiplicou um algarismo de uma coluna e o resultado foi colocado dentro do quadro. Por exemplo 7x3=21. Após efetuar todas as multiplicações é só somar os algarismos das diagonais começando da direita para esquerda e de cima para baixo. Lembre-se do "vai 1" se a soma foi maior ou igual a uma dezena. Neste caso o algarismo das dezenas irá para a diagonal seguinte e será somado com os outros algarismos.

Porque Pi vale 3,14??

Como descobriram que π (pi) é um valor irracional não periódico que vale aproximadamente 3,14? O estudo do cálculo do valor de pi foi realizado por Arquimedes (matemático e físico) através do método de exaustão. 

Pi é uma constante que foi descoberta em razão da necessidade de calcular o comprimento de uma circunferência. Veja como Arquimedes provou o seu valor numérico: 


Primeiro foi provado que todas as circunferências pertencem a um mesmo centro, portanto a razão entre o comprimento (C) de uma circunferência e o seu diâmetro (2r) será sempre igual a uma constante. 


C = constante 

2r 

Para chegar nessa constante, Arquimedes utilizou do método de exaustão que consiste em calcular o comprimento da circunferência por aproximação, construindo polígonos inscritos e circunscritos à circunferência. 


Vamos considerar C como sendo o comprimento da circunferência, 2p o perímetro do polígono inscrito (l seu lado), 2P o perímetro do polígono circunscrito (L seu lado) e r o raio da circunferência igual a 1/2. 




Se aumentarmos o número de lados dos polígonos acima, o comprimento da circunferência tende a coincidir com o perímetro do polígono. 


Assim, podemos concluir que a razão do comprimento da circunferência pelo diâmetro está entre as razões: do 2P pelo diâmetro da circunferência e 2p pelo diâmetro da circunferência, ou seja,


2p < C < 2P. 

2r     2r    2r 

Arquimedes duplicou os valores dos lados do polígono até chegar a um polígono de 96 lados. Provando que 2P / 2r = 220 / 70 = 3,14286 e 2p / 2r = 223 / 71 = 3,14085, assim: 


3,14085< C < 3,14286 

2r 

Assim a constante que representa a razão do comprimento da circunferência pelo seu diâmetro é igual a 3,14153265 .... Para facilitar os cálculos foi estipulado que essa constante seria representada pela letra grega π (pi). Portanto, a fórmula do comprimento (C) da circunferência irá ficar: 


C = π 

2r 

C = 2 π r 

Por isso que em vários problemas matemáticos que envolvem comprimento de circunferência ou área do círculo pode-se deixar os resultados em função de π ou substituí-los por 3,14.

Por que todo número elevado a zero é um?

Por que todo número elevado a zero é igual um? A potenciação tem algumas propriedades que são as pistas para o entendimento dessa regra.

Para começar, sabemos que a potenciação é um caso específico da multiplicação, no qual todos os fatores são iguais. Por exemplo:




  • 2 X 2 X 2 X 2 X 2
  • 3 X 3 X 3 X 3 X 3


  • Nessa condição, escrevemos o valor do fator e na sua parte superior, à direita, um outro número que indica justamente quantas vezes o estamos multiplicando.


    Esse número que é colocado na parte superior do fator é conhecido como expoente. Essa forma facilita bastante a escrita. Veja:




  • 2 X 2 X 2 X 2 = 24
  • 3 X 3 X 3 X 3 X 3 = 35

    As propriedades surgem espontaneamente a partir das operações da multiplicação e da divisão com potências.

    Para calcular (25) X (24), basta manter a base e somar os expoentes.

    Pode-se verificar isso pela própria definição da potenciação:

    Em (2 X 2 X 2 X 2 X 2) X (2 X 2 X 2 X 2) multiplica-se o fator 2 nove vezes (29) e 4 + 5 = 9. Resumindo: (2) X (2) = 2 5 + 4 = 29.

    Na situação inversa - de dividirmos em vez de multiplicarmos - temos ():() que no caso é igual a  que por sua vez é , isso equivale a subtrair os expoentes.

    Dessa forma, no caso da divisão, se tivermos bases iguais, manteremos a base subtraindo o expoente do dividendo ou numerador pelo expoente do divisor ou denominador.

    Para o nosso exemplo teremos ():() = 

    É a partir dessa última propriedade que se produz a conseqüência de que todo número elevado a zero é igual a 1.

    Em divisão com potências, em que as bases são iguais, teremos a divisão de dois números iguais e um número dividido por ele mesmo resulta sempre na unidade.

    Um exemplo: se tivermos  observamos que o dividendo é igual ao divisor e portanto a operação terá 1 como resultado.

    Pela propriedade  e assim concluímos que 

    Poderemos experimentar bases com todos os tipos de números - com a cautela de excluirmos o zero. Pelo fato de a regra ter se originado da divisão, e não esquecendo que um número nunca pode ser dividido por zero, a regra ficará mais precisa com o enunciado que todo o número diferente de zero elevado a zero terá como resultado o valor um.

  • Tabela Trigonométrica    (Ângulos em graus)
    Ângulosenoco-senotangente................Ângulosenoco-senotangente
    0010185-0,09-0,990,09
    50,090,990,09190-0,17-0,980,17
    100,170,980,17195-0,26-0,960,27
    150,260,960,27200-0,34-0,940,36
    200,340,940,36205-0,42-0,910,47
    250,420,910,47210-0,50-0,870,58
    300,500,870,58215-0,57-0,820,70
    350,570,820,70220-0,64-0,770,84
    400,640,770,84225-0,71-0,711
    450,710,711230-0,77-0,641,19
    500,770,641,19235-0,82-0,571,43
    550,820,571,43240-0,87-0,501,73
    600,870,501,73245-0,91-0,422,14
    650,910,422,14250-0,94-0,342,75
    700,940,342,75255-0,96-0,263,73
    750,960,263,73260-0,98-0,175,67
    800,980,175,67265-0,99-0,0911,4
    850,990,0911,4270-10ñ existe
    9010ñ existe275-0,990,09-11,4
    950,99-0,09-11,4280-0,980,17-5,67
    1000,98-0,17-5,67285-0,960,26-3,73
    1050,96-0,26-3,73290-0,940,34-2,75
    1100,94-0,34-2,75295-0,910,42-2,14
    1150,91-0,42-2,14300-0,870,50-1,73
    1200,87-0,50-1,73305-0,820,57-1,43
    1250,82-0,57-1,43310-0,770,64-1,19
    1300,77-0,64-1,19315-0,710,71-1
    1350,71-0,71-1320-0,640,77-0,84
    1400,64-0,77-0,84325-0,570,82-0,70
    1450,57-0,82-0,70330-0,500,87-0,58
    1500,50-0,87-0,58335-0,420,91-0,47
    1550,42-0,91-0,47340-0,340,94-0,36
    1600,34-0,94-0,36345-0,260,96-0,27
    1650,26-0,96-0,27350-0,170,98-0,18
    1700,17-0,98-0,18355-0,090,99-0,09
    1750,09-0,99-0,09360010
    180010

    sexta-feira, 3 de maio de 2013

    Tabela de números romanos (de 1 até 3000)



    1→ I
    2→II
    3→III
    4→IV
    5→V
    6→VI
    7→VII
    8→VIII
    9→IX
    10→X
    20→XX
    30→XXX
    40→XL
    50→L
    60→LX
    70→LXX
    80→LXXX
    90→XC
    100→C
    200→CC
    300→CCC
    400→CD
    500→D
    600→DC
    700→DCC
    800→DCCC
    900→CM
    1000→M
    2000→MM
    3000→MMM

    Como formar 3225 em números romanos por exemplo:
    3000 → MMM + 200 → CC + 20 → XX + 5 → V =  MMMCCXXV

    terça-feira, 30 de abril de 2013

    Curiosidades Matemáticas

     Você conhece o número mágico?

        1089 é conhecido como o número mágico. Veja por que:

        Escolha qualquer número de três algarismos distintos: por exemplo, 632.
    Agora escreva este número de trás para frente e subtraia o menor do maior:
    632 - 236 = 396
        Agora inverta também esse resultado e faça a soma:
    396 + 693 = 1089  (o número mágico)

    Aviso: antes que você me envie um e-mail dizendo que não funciona com determinados números, lembramos que devem ser usado três dígitos no cálculo. Exemplo:
    574 - 475 = 099
    099 + 990 = 1089
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    Uma curiosidade com números de três algarismos
    Escolha um número de três algarismos:
    Ex: 234
    Repita este número na frente do mesmo:
    234234
    Agora divida por 13:
    234234 / 13 = 18018
    Agora divida o resultado por 11:
    18018 / 11 = 1638
    Divida novamente o resultado, só que agora por 7:
    1638 / 7 = 234
    O resultado é igual ao número de três algarismos que você havia escolhido: 234
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    Você sabe qual é o maior número primo conhecido?

         O maior número primo conhecido é 232.582.657-1, que tem 9.808.358 dígitos e foi descoberto em 4/9/2006 pelos Drs. Curtis Cooper, Steven Boone e sua equipe. Este primo tem 650.000 dígitos a mais do que o maior primo encontrado por eles mesmos em dezembro de 2005.
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    Outra forma de calcular potências
       Pitágoras descobriu que existe outra forma de calcular potências: através da soma de números ímpares. Ele descobriu que n2 é igual a soma dos n primeiros números naturais ímpares. Exemplo:
    52 = 1+3+5+7+9 = 25
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    Você sabe quanto vale um centilhão?

        O maior número aceito no sistema de potências sucessivas de dez, é o centilhão, registrado pela primeira vez em 1852. Representa a centésima potência de um milhão, ou o número 1 seguido de 600 zeros (embora apenas utilizado na Grã-Bretanha e na Alemanha).

    História da Matemática.

    Como surgiu a matemática?


         As origens da matemática perdem-se no tempo. Os mais antigos registos matemáticos de que se tem conhecimento datam de 2400 a.C. Progressivamente, o homem foi refletindo acerca do que se sabia e do que se queria saber. Algumas tribos apenas conheciam o "um", "dois" e "muitos". Os seus problemas do quotidiano, como a contagem e a medida de comprimentos e de áreas, sugeriram a invenção de conceitos cada vez mais perfeitos. Os "Elementos" do grego Euclides (séc. IV a.C.) foram dos primeiros livros de matemática que apresentaram de forma sistemática a construção dos teoremas da geometria e foram utilizados no ensino em todo o mundo até ao século XVII. Mesmo a antiquíssima Astrologia proporcionou o desenvolvimento da matemática, ao exigir a construção de definições e o rigor no cálculo das posições dos astros.
                A matemática começou por ser "a ciência que tem por objecto a medida e as propriedades das grandezas" (dicionário), mas atualmente é cada vez mais a ciência do padrão e da estrutura dedutiva. Como afirmou P. Dirac, as matemáticas são a ferramenta especialmente adaptada ao tratamento das noções abstratas de qualquer natureza e, neste domínio, seu poder é ilimitado.
                A etnomatemática é um ramo recente da matemática que investiga conhecimentos matemáticos populares ([ 2] p.p. 27-47). E podemos afirmar que todos os povos têm alguns conhecimentos de matemática, mesmo que sejam muito intuitivos tais como medições, proporções, desenhos geométricos que se vêem no artesanato (como a cestaria).
                A matemática sempre desempenhou um papel único no desenvolvimento das sociedades (Ap. A). Por exemplo, numa situação de guerra, o exército que possui mais conhecimentos de matemática tem maior poder traduzido nas máquinas mais perfeitas e melhor adaptadas.


                Até ao séc. XVI apenas as pessoas com dinheiro ou os sacerdotes poderiam despender tempo no estudo da matemática. De há quatrocentos anos para cá, a monarquia e o clero deixaram de ser os únicos que financiaram a matemática, passando este papel a ser desempenhado pelas universidades e pelas empresas (como por exemplo a IBM). Ao contrário do que muitos pensam, a matemática não consiste apenas em demostrar teoremas ou em fazer contas, ela um autêntico tesouro para a civilização devido aos diversos conhecimentos envolvidos. E sabendo isso, atualmente poucos são os países em que não se cria matemática nova, publicando-se assim em todo o mundo alguns milhares de revistas exclusivamente de matemática.

      
    Onde podemos encontrar a matemática?

                Nos livros, filmes, desenhos, computadores e um pouco por toda a natureza.


                Poderemos ver um "segmento de recta" na aresta de um edifício, uma circunferência vê-se na ondulação da superfície da água quando deixamos cair um objecto, uma secção da elipse pode ser observada na parede de um poço redondo iluminado pelo sol, as sombras dos objetos representam figuras geométricas, na disposição das pétalas de uma flor podem encontrar-se simetrias, o batimento cardíaco pode ser um exemplo de uma sucessão, o ar move-se num percurso espiralado, etc. "O estudo aprofundado da natureza é a fonte mais fecunda das descobertas matemáticas" (Joseph Fourrier). Assim, até parece que "o universo impôs a matemática à humanidade" ([ 1] p76).

       "Aquela por vezes cristalina [ ...] e por vezes difusa substância [ ...] que é a matemática" (Imre Lakatos), trata de figuras, sólidos e suas propriedades na Geometria; sintetiza problemas do comércio, seguros e finanças através da Álgebra e da Análise; estuda e estrutura dados com a Estatística; desenvolve a Química e a Física com a Análise; estuda os percursos rodoviários e aéreos com a Teoria de grafos; apoia a estrutura das línguas com a Lógica. A esta matemática que é utilizada fora de si mesma chama-se matemática aplicada. E milhares de outras subcategorias da matemática podem aplicar-se a diversos outros saberes (Ap. C). Até a investigação criminal poderia bem ser considerada um ramo da matemática, como chegou a afirmar Conan Doyle.


                Mas muita matemática que se faz atualmente não é imediatamente aplicável, podendo vir a ser um forte contributo para as teorias de outros saberes ou a ficar para sempre esquecida.
              A matemática é cada vez menos fruto do trabalho isolado de uma pessoa. Mas antes resulta de um grupo de matemáticos ou das relações profissionais entre várias pessoas. Ou ainda, é um esforço que pode demorar séculos. 

                 Ao longo da história muitos homens contribuíram significativamente para o seu desenvolvimento (Ap. B). O trabalho de um foi analisado por outro matemático e assim sucessivamente até ao presente, sendo muitas vezes melhorado.
                Nem sempre o que um matemático faz está correto. Ele também se engana. Não é um ser superior nem vive em casulos. E quando um erro lhe é apontado, verifica, reconhece-o e agradece com delicadeza.
             Que ferramentas são necessárias para a investigação matemática? Muitos podem pensar que é suficiente um lápis e muita massa cinzenta. Mas a matemática não é feita apenas dentro da cabeça. Há muitos utensílios que auxiliam a sua produção: o compasso desenha circunferências; a régua traça segmentos de rectas;o esquadro desenha 

    ângulos; o transferidor mede a amplitude de um ângulo; o pantógrafo desenha figuras semelhantes; a calculadora efetua cálculos; . . . ; o computador representa objetos impossíveis.
                Uma ferramenta cada vez mais precioso é o computador. Com ele é agora possível fazer cálculos que um homem levaria anos a fazer.
                Com estes instrumentos, a matemática também pode construir realidades.  

    A matemática na escola




            A matemática que se estuda na escola aplica-se facilmente às necessidades quotidianas. Isto é obvio até ao 9º ano mas no ensino secundário parece que ela não tem tanta utilidade. Mas não é por acaso que se estuda matemática nas escolas.

    Antes de mais, ela é útil para promover o pensamento estruturado e o raciocínio rigoroso. Por outro lado, a sociedade evoluiu exigindo cada vez mais conhecimentos matemáticos a todos os cidadão. Um arquitecto dirá que a Matemática é útil para auxiliar a percepção e a criação da beleza; um engenheiro dirá que é útil para reforçar e aprovar experiências; um físico dirá que é útil por ser a linguagem da ciência; um político dirá que a Matemática orienta-o na administração e na implementação de leis; um psicólogo afirmará que auxilia-o no tratamento estatístico de inquéritos; um matemático mostrará que um corpo matemático é útil quando for aplicável a outro corpo. A matemática é um saber necessário a todas as disciplinas e ciências, devido ao seu rigor. Deste modo se mostra que as outras ciências não se desenvolveriam se a matemática não existisse e não fosse estudada.
                De certa forma todos somos matemáticos e fazemos matemática com regularidade: fazer as contas das compras; medir uma divisão para pôr alcatifa; escolher itinerários; relacionar conjuntos de bens; inferir e concluir a partir de premissas; etc. E confiamos sempre na exatidão dos nossos raciocínios até prova em contrário.
                Podemos considerar que a aprendizagem da matemática nas escolas é paralela ao desenvolvimento da humanidade. O Homem há 10 mil anos mal sabia contar e agora calcula a trajectória de um satélite. De modo semelhante, uma criança aprende a contar com 6 anos e ao longo da sua adolescência vai aprendendo em pouco tempo aquilo que levou anos e anos a ser inventado. A matemática conhecida por um aluno do 9º ano impressionaria o rei D. Afonso V e certamente o convidaria para trabalhar na corte.
     
    Saber matemática

                Para saber matemática é indispensável conhecer as suas definições e saber utilizá-las adequadamente. Ao longo do estudo, cada vez são necessárias mais definições que utilizam as já conhecidas. Por isso, não saber a tabuada dificulta ou impossibilita o cálculo das operações com números relativos e depois prejudicará a resolução de equações e mais tarde o estudo de funções, . . . A matemática é como um grande arranha-céus: se esqueces as bases podes perder o prédio todo. As definições da matemática são elementares mas relacionadas. Enquanto se estuda matemática vai-se conhecendo as definições, alguns exemplos, observações e finalmente resolve-se exercícios.
                Para saber matemática é necessário estudar, estudar, estudar. É este o segredo do sucesso.
                Vamos explorar algumas definições que traduzem o que acabamos de ver.
                Pega num papel e num lápis e faz uns riscos.
                Certamente alguns deles são segmentos de recta ou curvas.
                Agora desenha uma linha constituída por segmentos de recta unidos cada um a cada um pelas extremidades. Se uma formiga percorrer esta figura plana e voltar ao ponto de partida sem precisar de saltar, chamamo-lhe linha poligonal fechada ou polígono. Se a formiga tiver que saltar uma vez, chamamo-lhe linha poligonal aberta.
                Vamos estudar as linhas poligonais começando pela mais simples.
                Desenha dois segmentos de recta unindo duas extremidades. Obténs uma porção de um ângulo que não forma um polígono. Desenha um polígono constituído por três segmentos de recta (chamamo-lhe triângulo). E assim sucessivamente, desenhas um quadrilátero (4 lados), um pentágono (5 lados), um hexágono (6 lados), etc.
                O que podemos descobrir em cada uma destas figuras? Podemos classificar (dar um nome) o polígono tendo em consideração o comprimento dos lados. Podemos estudar os seus ângulos. Ou estudar os seus perímetros. Ou as suas áreas. Ou desenhar segmentos de recta unindo os seus vértices e estudar a nova figura obtida. Ou . . .
                Desta forma vamos conhecendo e tirando conclusões, que podem vir a ser chamadas de fórmulas, propriedades, teoremas ou apenas exercícios. E assim fazemos matemática.